sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Além do Bem o do Mal

Tomo o título emprestado acima do filósofo alemão Friedrich Nietzsche para tratar um pouco sobre os temas da vida.
Estava eu passeando pela cidade em que moro e encontrando amigos, entre um assunto e outro, acaba-se por se falar das coisas atuais e do momento que vive a democracia brasileira que são as eleições para a escolha de vereador e prefeito.
- São uns ladrões! Querem só roubar os cofres públicos!
- Política? Não quero nem ouvir falar!
Esses comentários de alguns amigos é o que está nas cabeças das pessoas de modo em geral. Mas eu fico mais próximo do pensar do poeta, também alemão, Bertold Brecht : "O que não sabe é um imbecil, o que sabe e se cala é um criminoso."
Claro que sabemos que há muitas e muitas razões para o cidadão estar desconfiado e até irritado com o atual quadro de candidatos que se apresentam com o intuito de representar outros cidadãos frente ao poder, mas o cidadão (o votante) precisa ir além. Já que é obrigado a votar, que escolha aquele que reúna as condições ideais que defendeu um outro alemão, o sociólogo Max Weber: vocação, paixão, responsabilidade.
Quem, em sua cidade, que além das qualidades acima também possui caráter, honestidade, generosidade e coragem? Pense. Reflita. Decida. Quem, em sua cidade, sabe que a palavra candidato vem de cândido, puro?
O candidato ideal tem que estar além do bem o do mal e entender que o Estado é o conjunto de instituições que tem como função a de legislar, julgar, executar para o bem do cidadão. Que quem realmente é detentor do poder é o cidadão.
Me recuso a acreditar que dentre todas as pessoas que se apresentam no atual meio político não exista um, um único candidato que não tenha tendências de cleptomaníacos. Me recuso a acreditar que não exista um único candidato sério e com consciência em saber que o cargo não pertence ao partido em que está filiado e nem a ele, mas sim ao povo que o elegeu e que portanto, qualquer aliança, acordo, conchavo devem ser feitos unicamente com o povo, para o povo e com o povo, pois o povo o coloca por meio do voto e também o retira do cargo por meio do voto. Ou seja, um candidato, que depois se torna vereador e/ou prefeito, é um cidadão que está prestando um serviço para outros cidadãos. É muito bem pago por isso e, portanto, o mínimo que se espera é que seja competente, consciente e responsável.




Meu nome é Antonio Ribeiro