sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Além do Bem o do Mal

Tomo o título emprestado acima do filósofo alemão Friedrich Nietzsche para tratar um pouco sobre os temas da vida.
Estava eu passeando pela cidade em que moro e encontrando amigos, entre um assunto e outro, acaba-se por se falar das coisas atuais e do momento que vive a democracia brasileira que são as eleições para a escolha de vereador e prefeito.
- São uns ladrões! Querem só roubar os cofres públicos!
- Política? Não quero nem ouvir falar!
Esses comentários de alguns amigos é o que está nas cabeças das pessoas de modo em geral. Mas eu fico mais próximo do pensar do poeta, também alemão, Bertold Brecht : "O que não sabe é um imbecil, o que sabe e se cala é um criminoso."
Claro que sabemos que há muitas e muitas razões para o cidadão estar desconfiado e até irritado com o atual quadro de candidatos que se apresentam com o intuito de representar outros cidadãos frente ao poder, mas o cidadão (o votante) precisa ir além. Já que é obrigado a votar, que escolha aquele que reúna as condições ideais que defendeu um outro alemão, o sociólogo Max Weber: vocação, paixão, responsabilidade.
Quem, em sua cidade, que além das qualidades acima também possui caráter, honestidade, generosidade e coragem? Pense. Reflita. Decida. Quem, em sua cidade, sabe que a palavra candidato vem de cândido, puro?
O candidato ideal tem que estar além do bem o do mal e entender que o Estado é o conjunto de instituições que tem como função a de legislar, julgar, executar para o bem do cidadão. Que quem realmente é detentor do poder é o cidadão.
Me recuso a acreditar que dentre todas as pessoas que se apresentam no atual meio político não exista um, um único candidato que não tenha tendências de cleptomaníacos. Me recuso a acreditar que não exista um único candidato sério e com consciência em saber que o cargo não pertence ao partido em que está filiado e nem a ele, mas sim ao povo que o elegeu e que portanto, qualquer aliança, acordo, conchavo devem ser feitos unicamente com o povo, para o povo e com o povo, pois o povo o coloca por meio do voto e também o retira do cargo por meio do voto. Ou seja, um candidato, que depois se torna vereador e/ou prefeito, é um cidadão que está prestando um serviço para outros cidadãos. É muito bem pago por isso e, portanto, o mínimo que se espera é que seja competente, consciente e responsável.




Meu nome é Antonio Ribeiro
  



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Krokodil


De certa forma, os filmes de zumbis e mortos-vivos prepararam nosso imaginário para as imagens que acompanham este artigo. Tudo começa com um esverdeamento da pele, escamação, putrefação e apodrecimento dos tecidos. Surgem feridas que aumentam até o desaparecimento dos músculos e nervos que cobrem os ossos e o resultado são verdadeiros mortos-vivos agonizando até a morte certa. Em muitos casos, também os ossos são carcomidos por uma acidez mortificante que lembra as mais horripilantes produções cinematográficas. Estes são os efeitos da droga mais popular da Rússia, o krokodil, e suas imagens distribuídas pela internet nos evocam um profundo medo sobre o que pode vir da macabra combinação entre a indústria farmacêutica, o narcotráfico e as políticas de “redução de danos” apoiadas pela ONU em todo o mundo. O fato é que tanto a imprensa internacional quanto as organizações de saúde pelo mundo têm mostrado uma preocupação velada e feito um certo silêncio em torno do assunto.
 
As drogas ilícitas já são uma epidemia na Rússia há bastante tempo – entre elas o ópio vindo da China, confirmando o temor milenar dos russos de uma invasão chinesa-mongol. Recentemente, um artigo do jurista e professor Walter Fanganiello Maierovitch publicado no Terra Magazine (talvez o único texto veiculado na mídia brasileira sobre o assunto), trouxe informações oficiais sobre o consumo de drogas no país do ex-agente da KGB e agora presidente Putin. São 70% de jovens com menos de 30 anos, entre os 6 milhões de usuários de drogas do país. E a situação tem se agravado com a proliferação da nova droga chamada krokodil (crocodil ou coaxial), um substituto da heroína feito à base de desomorfina, uma substância cerca de 10 vezes mais forte que a morfina. A mistura é feita pelos próprios usuários em um processo simples e caseiro.
O artigo de Maierovitch dá ênfase no interesse da única rede de farmácias que produz os medicamentos com os quais são feitos o krokodil, que são o Terpincod, o Codelac e o Pentalgin.  Os efeitos imediatos do krokodil são semelhantes aos da heroína, mas o custo para o usuário é três vezes menor.
 
A substância provoca necrose da pele, que fica enrugada e esverdeada. A acidez em face de certos insumos usados no preparo chega a dissolver o tecido ósseo.  As mortes decorrem de (1) envenenamento do sangue, (2) pulmonite, (3) meningite ou (4) putrefação. 
 
Não é difícil perceber uma tendência ao barateamento e maior acessibilidade de drogas que se tornam cada vez mais pesadas e mortais. No Brasil, desde a popularização da maconha o consumo de cocaína veio crescendo e hoje o crack tem substituído a cocaína, sendo que é notadamente mais forte e mortal. A divulgação de vídeos e fotos dos efeitos de drogas como o krokodil tem sido perigosa e indesejável para aqueles que defendem a liberação das drogas e pretendem lucrar com isso, já que infunde uma impressão negativa à proposta que hoje tem alcance global graças à influência de grupos ligados a centros de pesquisa psiquiátrica que as desenvolve e até de seitas que as utilizam em cerimônias místicas. Muitas agendas, portanto, seriam atendidas com a liberação total das drogas hoje ilícitas. 
Além de movimentar mais de US$ 320 bilhões no mundo, a maioria das drogas possui comprovadamente efeitos esterilizantes no corpo humano, o que reduziria a população mundial e atenderia ao anseio de centenas de cientistas e engenheiros sociais que acreditam estarem acabando com a pobreza ao impedir o nascimento de pobres, atendendo também às expectativas motivadas pelas teorias eugenistas.
 
No mundo inteiro crescem as campanhas pela legalização das drogas, concomitantemente às restrições ao uso de tabaco e álcool, usadas como artifício de credibilidade científica e demonstração de boa fé e preocupação com a saúde humana. Difícil é acreditar nesta boa fé depois de assistir aos vídeos disponíveis na internet sobre os efeitos do devastador krokodil. Mas de onde vem o interesse na liberação do uso de drogas de modo geral? Quais os reais motivos da defesa do uso para variados fins? Essa é uma pergunta difícil de responder e seria necessária uma ampla pesquisa de fontes e uma sequência de depoimentos de acesso ainda mais complicado. Uma das respostas, talvez a mais simples a partir do que temos à disposição, com certeza está na grande vantagem a uma possível governança global sobre cidadãos apáticos e sedados por prazeres mundanos e sensitivos, rebanho fácil e rentável a qualquer empreendimento de poder. Nisso também os apelos sexuais têm o seu papel, que torna o ser humano mais aberto às sugestões externas justamente por lhe faltar controle aos estímulos internos. Mas essa vantagem que o poder tem com as drogas mais fortes nos fornece uma pista a uma resposta ainda mais provável que se encontra um tanto escondida do público, embora tenha influência determinante nos rumos globais. É na possibilidade psicológica da alienação total das multidões que entra um dos fatores hoje especialmente determinantes no curso das políticas sociais globais: o poder crescente das seitas.




Meu nome é Antonio Ribeiro 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Rio +20 e A Pedra da Geórgia

A mídia nos trouxe  notícias do evento que aconteceu nesse mês de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, conhecido por Rio +20.
Em explicações primárias foi um evento que tem como intuito encontar por meio de ações políticas globais, formas de proteger e salvar o planeta Terra dos humanos, seus habitantes mais predadores. Já houve evento semelhante, nesta mesma cidade, em 1992. Outros em outras cidades ao redor do mundo, com o mesmo objetivo, e outros que virão.
Tudo indica que desta vez, como das vezes passadas, houve uma decepção por parte dos ambientalista e dos ecochatosburros. A questão é que os governos, pensando sempre no crescimento econômico de seus países, não aceitam e nem assinam qualquer documento que freie suas economias. Mas vamos pensar um pouquinho: mesmo sendo assim, porque que há, massivamente, bombardeio para as populações da necessidade de proteger o planeta, não gastar água em demasia, evitar usar as sacolinhas de supermercados, alerta sobre o aquecimento global, da emissão de gases na atmosfera que vão acabar com a camada de ozônio, do derretimento das geleiras, do desmatamento e que as pessoas consumam o menos possível? Há uma insistência em promover no pensar coletivo mundial que o destruidor do planeta é o ser humano com suas atividades de consumo.
Até Hollywood traz seus filmes e seus astros com o mesmo cunho: James Cameron, aquele do Avatar, vem vez ou outra participar de reuniões ambientais na selva amazônica. Arnold Schwarzenegger, o Exterminador do Futuro, também. Vêm até aqui de avião. Pergunta: quanto CO2 o avião que traz o cineasta e o ator e político dos Estados Unidos ao Brasil, lança na atmosfera? Perguntinha insana: as duas celebridades internacionais, quando em Manaus, dormem em redes, ao ar livre, para sentir uma picadinha de mosquito ou em um luxuoso cinco estrelas da cidade que no menu serve filé de Pirarucu?
Artistas daqui e de fora dizem que o planeta é demasiadamente importante para ser destruído pela raça humana (são eles ecochatosburros ou só idiotas úteis?), além de muitas outras coisas sem sentido. Pergunta: esses mesmos pseudointelectuais e entendidos da causa ambiental desligam o ar-condicionado de seus carros em dia de calor? Para chegarem até seus apartamentos pegam a escada ou o elevador, que consome energia elétrica, que por sua vez vem de usinas hidroelétricas, ou termoelétrica, ou nuclear? Quão sustentáveis (para usar uma palavrinha que está em moda) são suas casas?
A questão aqui é que os ecochatos talvez sejam burros demais para entender que estão sendo usados como idiotas úteis na questão ambiental. Muitos cientistas ambientalistas são cínicos, nem se lixam para o planeta e pensam apenas no conforto de seus carros SUV e em suas poupudas contas bancárias, porque conhecem o que outros desconhecem. Está aí a resposta porque alguns governos não assinam documento nenhum, pois também conhecem a verdade, mas agem em áreas como a mídia, por exemplo, numa perpetuação de medo e insegurança que promovem entre as pessoas um desconforto psicológico.
Os países ricos buscam se manter na vanguarda do crescimento econômico e os pobres, se equilibram na venda de matérias-primas para os ricos que impedem a qualquer custo o desenvolvimento destes. Mas para dar uma de bonzinhos, compram os créditos de carbono dos pobres: eu produzo e poluo aqui, você não produz e nem desmata aí e eu te pago por isso.
Os professores doutores Luis Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício, que são cientistas sérios, têm exaustivamente tentado explicar (quando a mídia lhes concede espaço, como é o caso agora da BAND) que tudo o que esses ambientalista cínicos explicam, ou não tem base científica, ou estão no mínimo, totalmente equivocados. Acontece que muitos desses cientistas trabalham para organizações e governos que cumprem uma agenda globalista de engenharia social. É dizer, uma reorganização do espaço terrestre por humanos que mereçam viver.
O programa Fantástico vem apresentando uma série dizendo que o planeta está lotado, portanto não cabe mais ninguém, e que algo tem que ser feito. Só não diz o que os globalista pensam: É chegada a hora de despoluir o planeta de certos seres humanos que são insetos sociais ou cânceres ambientais.
A intenção desses encontros ambientais, como a Rio +20 e outros que virão, em análise primária é garantir um planeta saudável para as futuras gerações. Mas a questão é que não haverá futuras gerações, pelo menos não para pobres e analfabetos. A pedra da Geórgia, localizada no estado da Geórgia, nos Estados Unidos (terra de James Cameron e de Arnold Schwarzenegger e que talvez alguns ecochatos conheçam) traz os dez mandamentos que é a meta primordial para os globalistas de manter o planeta saudável e sustentável: manter a população mundial abaixo de 500 milhões de habitantes e em perpétuo equilíbrio com a natureza, controlar a reprodução sabiamente – aperfeiçoando as condições físicas e diversidades, unir a humanidade em um novo idioma vigente, controlar a paixão , a fé e a tradição, não ser um câncer para o planeta e deixar espaço para a natureza, etc, etc.
Você que me acompanhou até aqui entende agora o que está realmente acontecendo?
Nós, seres humanos, para o planeta Terra não temos importância nenhuma. Como diz o doutor Felício: quem manda aqui são o sol, os vulcões e os oceanos.
Os engenheiros sociais globalistas, porém, entendem que é chegada a hora de realmente abaixar a população mundial, daí a promoção das políticas da questão da descriminalização do aborto, da autorização da eutanásia, depois virá a autorização para matar bebês com síndrome de down, ou que nasceram com algum outro problema genético, da autorização do casamento gay (que não se reproduzem), da promoção da laicismo global, etc, etc, etc, etc. Entendeu?


Meu nome é Antonio Ribeiro


terça-feira, 19 de junho de 2012

Do aperfeiçoamento moral à elevação espiritual


O que está acontecendo com o ser humano? A cada dia, o que nos é mais presente é a violência explícita e gratuita. Uma brutal degradação moral e espiritual do homem.
Percebe-se, portanto, ser imprescindível promovermos nas sociedades uma revolução radical. Esta crise de destruição selvagem do homem pelo homem já não podemos mais, de forma alguma, aceitar, pois a humanidade vai acabar se aniquilando por completo.
Se considerarmos o atual estado do mundo com toda sua miséria, seus conflitos, sua brutalidade destrutiva, sua agressividade interminável e percebermos que o homem continua igual: ainda é bruto, egoísta, violento, agressivo, condicionado e competitivo, é míster uma mudança estrutural.
O homem, naturalmente egoísta, construiu uma sociedade em acordância com as crises, não as financeiras, mas a do 'eu posso tudo e você não é nada'. Esta é uma crise que aprisiona a todos: uns na miséria do bolso e das letras; outros, na ignorância e no medo.
Para os que têm mais, é preciso lembrar que é impossível viver no medo, e também, mais difícil ainda, e tão importante quanto, se viver em uma sociedade doente.
E o que é uma sociedade em dias atuais? Nada mais que uma composição de diferentes instituições. Algumas conhecidas e outras não tão conhecidas assim. São instituições estatais, políticas, educacionais, eclesiásticas, etc. Também instituições como as de classes sociais, as familiares e de especializações de e para o trabalho. É óbvia a influência que essas instituições estruturadas têm na formação do nosso entendimento e perspetivas.
Por falar nas instituições eclesiásticas. Onde está Deus? Onde está Deus perante todo o mal existente no mundo? Bem, a questão aqui, e fundamentalmente, é que tentamos conceber Deus com nossas mentes humanas. Deus não é humano. Deus não pode e não deve ser medido conforme o entendimento humano. Deus se sobrepões a todos os humanos.
Há a claríssima necessidade de um aperfeiçoamento humano. Temos que sim, ter e manter a fé em alguém que é muito maior que todos nós, mas precisamos prestar mais atenção nas instituições e sociedades que criamos para que possamos ser melhores enquanto espécie. Precisamos elevar nossa condição moral para que possamos ser aperfeiçoados espiritualmente. Temos a força para isso.
Ao longo do curso da história, nós direcionamos nossos destinos. Se a estrada até aqui percorrida não foi a que buscávamos, é hora de se redesenhar o caminho para que continuemos a percorrê-la e continuarmos a escrever a história. Ou, quem sabe, como disse Fukuyama, esta talvez já tenha chegado ao seu fim e ainda não percebemos.


Meu Nome é Antonio Ribeiro


sábado, 9 de junho de 2012

Educação X Escola

Vou começar essa postagem lhe fazendo uma pergunta: o que é a escola? E o que é educação?
Eu já estive em sala de aula como professor de ensino médio e lhe respondo que a escola é uma instituição assim como são a igreja, o museu, a família. A escola, você pode dizer: "É onde se aprende". Eu diria que a escola não é o local onde se ensina as pessoas, mas sim o local onde se transmite conhecimentos entre gerações de diferentes épocas e que são válidos para a vida. São esses conhecimentos que farão os futuros cientistas que moldarão o futuro das sociedades do amanhã. A escola é o local onde trabalha o professor.
Mas, e a educação? Existe diferença entre escola e educação? Sim.
Eu compreendo a escola, como disse, o local onde o professor exerce sua arte que é a transmissão do conhecimento, ou seja, ensinar. Já a educação, tem mais a ver com o controle dos anseios, dos desejos, do controle do pensamento e da alma. E o professor, como se enquadra nesse contexto? Eu compreendo o professor como um transmissor de um conhecimento específico. É ele que introduz o aluno numa área determinada do saber. Por exemplo, o professor de português vai fazer o aluno aprender português; o de matemática, matemática; o de geografia, geografia, etc. Não vejo o professor como educador, e sim alguém que ensina e, vez em quando, educa. Educação é aquilo que a escola tem que desempenhar para continuar existindo.
Bem, se você me acompanhou até aqui e conhece a realidade educacional do país, você sabe que quando terminamos os estudos temos a impressão que não sabemos de nada, não é? E porque disso?
Bom, lamento lhe decepcionar mas o molde que a escola tomou hoje é esse mesmo: não ensinar nada e não educar ninguém. Até os professores ficam meio perdidos entre o dever para com sua profissão e a imposição de um modelo de engenharia social que ele emprega, às vezes, sem se dá conta. Ex: fragmentação e descontextualização de ensino que se dá quando o professor pede fotocópias de pedaços de textos para os alunos interpretarem. Diga-me, qual conhecimento novo realmente é transmitido ali? Se você tem filhos matriculados perceberá isso. E aqui não importa se seu filho esteja em escola pública ou privada. Ou seja, a escola não ensina o sujeito a pensar criticamente e ser capaz de analisar, interpretar as situações da vida.
Desde já algum tempo, tem havido uma estupidificação, através da escola e da educação, do povo. Se você que lê este texto for pedagogo e aprendeu na cartilha de John Dewey, Piaget e Paulo Freire, me perdoe mas você perdeu tempo. John Dewey foi muito desonesto para com seu país e, que para se fazer intelectualizado (este é o pai da idiotalização do povo norte-americano), se tornava inacessível quando escrevia de forma incompreensiva. Para Piaget, gostaria de fazer uma pergunta: o que é educação? A teoria de educação que ele praticava na Suíça, pode ser aplicada numa tribo indígena brasileira? E o que dizer de Paulo Freire? Esse embusteiro-mor foi transformado, no governo Dilma, em patrono da educação do país. Bem, tudo que ele produziu foi o chamado 'método Paulo Freire' de ensino, que não reduziu nenhuma taxa de analfabetismo no país (quantos analfabetos ainda temos? E quantos milhões de outros sabem ler um texto mas não o compreendem?). Esse charlatão sabia que o método não era dele e sim do pastor norte-americano Frank Laubach que quando em visita a Pernambuco, em 1943, distribuiu cartilhas de alfabetização com cunho religioso às pessoas. Nestas, destacavam-se os valores familiares, a paz social, a fé em Deus. Paulo Freire pegou a ideia e inventou sua própria cartilha de cunho também social, mas marxista: luta de classes,  ateísmo, idiotização das massas, etc. Isso, até hoje, é o que está presente no ensino brasileiro.
 O Ministério da Educação quando democratizou, ou seja, quando expandiu a educação para o povão, não levou (e não leva) em conta a qualidade do que era (é) repassado às massas. O que acontece hoje nas escolas brasileiras é que há milhares de embusteiros enganando as crianças, os adolescentes e os universitários. Muito deles são marxistas que pregam a ideologia da luta de classes (e o "metódo" Paulo Freire), mas que estão ali graças aos que vivem nas favelas, não abrem mão de andar de carro novo e não abrem mão também de vantagens pecuniárias cada vez maiores. Quantos destes tiram um dia de domingo para levar seus conhecimentos aos favelados?
 Eu tiro. E não tenho carro: nem novo e nem velho.

Voltarei a tratar sobre esse tema.

Meu nome é Antonio Ribeiro











quinta-feira, 7 de junho de 2012

Quero ser o presidente da República

"Todo menino é um rei, eu também já fui rei... Menino sonha com coisas que a gente cresce e não vê jamais..."




Começo a postagem de hoje com um trecho da música "Todo menino é um rei" que foi sucesso há alguns anos na voz de Roberto Ribeiro. Fala dos sonhos de meninos(as).
Quando eu era menino eu sonhava ser o presidente do país. Cresci, naveguei por cima do mar da ilusão e quem é o presidente não sou eu.
Mas, se eu fosse o presidente da República, que tipo de presidente eu seria? Bem, seguindo a filosofia do PAR (ver postagem abaixo onde trato desse assunto) eu seria um presidente muito sério. Tenho certeza que teria muitos inimigos, mas esse seria um preço pequeno a pagar. E o que é ser sério? É seguir a filosofia do PAR. Mas quero fazer uma ratificação, as únicas pessoas que seriam tratadas como reis seriam os bons. Para mim o presidente tem que estar acima de políticas. A única aliança possível seria com o povo. Somente e unicamente com o povo. além disso, eu faria mais ou menos igual ao que foi feito pelo dirigente de Singapura: extirpar o câncer antes que este crescesse
  1. Para deixar a hipocrisia de lado, apresentaria uma proposta de mudança ao Código Penal e introduziria a pena de morte no país. Para quem, comprovadamente e sem nenhuma sombra de dúvidas fosse culpado.
  2. Todos os políticos, ministros, magistrados, juízes, policiais corruptos seriam fuzilados.
  3. Todos os empresários ladrões, corruptores seriam executados.
  4. Todos os drogados teriam uma chance, uma única chance, para se livrarem da dependência das drogas. Quem rescindissem, seria fuzilado. Todo traficante seria fuzilado.
  5. Todos os pedófilos seriam fuzilados.
  6. Todo bandido que cometesse um crime como queimar pessoas vivas, como o jornalista Tim Lopes, por exemplo, ou arrastar crianças como o menino João Hélio, ou esquartejar pessoas e colocar em malas, morreria da mesma maneira. A morte seria igual ao assassinato cometido.
  7. Não haveria casamento homossexual, embora toda pessoa gay tivesse assegurada respeito a sua condição humana.
  8. Não haveria aborto. A mulher (e o homem que tivesse o conhecimento do fato) seria condenada a morte da mesma forma que ela tivesse matado o bebê; o homem, à prisão perpétua.
  9. Para quem não quisesse ter filhos, seria disponibilizado no SUS operações de vasectomia e laqueadura.
  10. Os governos federal, estadual e municipal investiriam pesadamente em educação. Quem não o fizesse, seria tirado do cargo por incompetência. No meu governo a educação viria em primeiro lugar.
O Brasil é uma grande nação, mas está doente. No meu governo, muitas outras ações eu tomaria. Eu curaria o meu país. Além disso, formaria um grupo de intelectuais para fundar as bases para uma nova base de intelectuais e que estes trabalhassem para as gerações vindouras. Karl Marx e Antônio Gramsci seriam extirpados dos cursos de pedagogia das universidades. O marxismo cultural seria extirpado das escolas e das universidades. Em primeiro lugar viriam a nação e o povo.
Um pouco antes de terminar o meu mandato, promoveria uma consulta com a sociedade explicando o que tem sido a República desde a sua promulgação: seus benefícios e seus malefícios. Conversaria com a família Bourbon e Bragança e, se fosse da vontade do povo, abriria o caminho para a volta da monarquia.
No meu governo faria valer o que está escrito na nossa bandeira: Ordem e Progresso.
Estou sonhando? Delirando? Talvez, mas é um deírio que quero ter. É um sonho que sonho com os olhos abertos.


Meu nome é Antonio Ribeiro

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A crise europeia

Vou começar esse texto pisando em uma seara que não é bem a minha, mas que passeio relativamente bem que é a economia.
A atual Diretora-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde, que comanda a instituição desde junho de 2011 quando assumiu o posto anteriormente ocupado pelo também francês Dominique Strauss-Kahn, precisa visitar a Grécia. Mas não somente a Grécia dos gabinetes ou da Acrópole ateniense, mas as ruas gregas e, sobretudo, o povo grego e saber sua posição e condição nesse embate que se dá às portas fechadas. Se a Grécia tem dívidas, que pague suas dívidas. Mas a Grécia e seu povo não podem ser estrangulados nesse processo.
Na cadeia econômica produtiva o efeito se sentirá em todos os setores, e com força brutal no turismo, já que a Grécia, assim como cá nossa cidade de Foz do Iguaçu, tem sua vocação para o turismo e que impulsiona sua economia. O turismo grego é responsável por 18% do PIB do país e emprega mais de 700 mil pessoas.
Mas o que levou a Grécia a essa situação? Foi sua entrada ao Euro, a moeda comum de dezessete países da Comunidade Europeia (CE)? Foi sua tentativa de continuar como Estado paternalista? No que a Grécia acreditou que a levou a essa crise? Será se foi a crença Keynesiana que se pode superar a lei da escassez que prega que se falta o básico, emite-se e colocasse mais dinheiro na praça? Ou foi a crença no programa bolsa família grego, aquele que prega distribuir renda sem levar em conta a realidade econômica do país? Eu não sei. Cabe aos gregos olharem para sua península com lupa.
Mas e o que isso tem a ver conosco? Nada. Tudo. O Brasil não é uma ilha e está inserido na economia global. Nos destinos turísticos brasileiros, como aqui em Foz do Iguaçu, tem se percebido, já algum tempo, uma desaceleração dos gastos dos turistas estrangeiros e principalmente de turistas europeus de países como Espanha, Itália, Portugal, França, Reino Unido e, claro, a Grécia.
A realidade econômica brasileira é muito diferente da grega. Mas não esqueçamos que houve tempos que diretores do FMI vinham aqui impor suas políticas econômicas e moldar o que eles entendiam como sendo o melhor para o país e seu povo. Que não esqueçamos. Não esqueçamos também que Estado paternalista não vive por muito tempo. Que aprendamos com essa tragédia econômica europeia que na verdade é uma crise da social democracia.
Quanto à Grécia, que final terá o êxodo?

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Disparidades nacionais

Em épocas de eleições, sempre se ouve aqui e ali que agora tudo vai ser diferente e melhor.
Mas, pensando nas grandes questões nacionais, quais são as discrepâncias que verdadeiramente emperram o real e definitivo crescimento do país? Em uma rápida espiada podemos enumerar algumas, tais como:

1. Na educação ainda continuamos atrás de países com economias menores que a brasileira, devido ao fato que esta divisão de responsabilidades parece não funcionar. Legar a educação de base para os municípios e o ensino médio para os estados tem se mostrado uma decisão equivocada, pois as disparidades econômicas entre municípios e estados ricos e pobres são gritantes. Mas aqui também não é só uma questão de dinheiro, mas de gestão.

2. Ideologicamente, o pensar estrangeiro ainda molda o pensar nacional. Ainda se vê mais Halloween que o Saci Pererê; mais off que desconto; mais delivery que entrega. Onde está o hasteamento da Bandeira nas escolas? Quantos brasileiros sabem cantar o Hino Nacional? Hollywood é tão forte assim?

3. Politicamente então, o que dizer? A corrupção interna, as falhas no judiciário, prejudicam a imagem do país interna e externamente. Já passou da hora da sociedade brasileira ter outro olhar sobre o tema, outro entendimento. A qualidade dos serviços prestados aos brasileiros pelo Estado, deve ser motivo de orgulho e não de vergonha. Onde estão os estadistas desse país que possam servir de referencial aos mais jovens?

4. No campo militar, o Brasil com seus 8,5 milhões de km2 , conta com uma força de defesa média. Porém, com os recursos hídricos importantes como os aquíferos Guarani e Amazônico, recursos minerais e de um elemento essencial para a economia mundial, como o Nióbio, precisa urgentemente se repensar enquanto segurança militar e política de defesa.

5. As disparidades internas regionais Sul – Sudeste – Centro-Oeste – Nordeste – Norte emperram o entendimento e o crescimento do país como uma só nação, um só povo. O que, por exemplo, Santa Catarina sabe sobre o Acre? O que o Piauí sabe sobre Mato Grosso? O que o Amapá sabe de Minas Gerais?

6. As diferenças nos espaços urbanos que separa e segrega.

7. As diferenças de quantidade de melanina que faz com que uns sejam “superiores” que outros.

Muitas são as assimetrias nacionais. São reais e estão presentes no cotidiano dos brasileiros. Mas este país é a nossa casa. É aqui que moramos e vivemos nossas histórias. Se tem problemas, cabe a cada um de nós, em seu espaço de atuação, conhecer, discutir e tentar encontrar a solução que seja a mais próxima de uma solução justa quanto possível.


Meu nome é Antonio Ribeiro

sábado, 26 de maio de 2012

Sobre a ONU

Amigo leitor, você certamente já ouviu falar nas Organizações das Nações Unidas, a ONU, certo?
Mas você sabe onde fica, para que serve e a quem representa a ONU?
Bom, todos diriam: a ONU fica em Nova York, nos Estados Unidos e é a reunião e a voz dos países nela integrados. É naquele espaço que os povos do mundo estão representados, mas é também dessa instituição que sai as diferentes políticas para o mundo. A ONU também é a guardiã dos Direitos Universais do Homem, consagrados em Paris, em 1948.
Este documento que protege o homem enquanto espécie é antropocêntrico. Tem o homem como o centro, o coração do mundo e do tempo. Homem que é livre, racional, responsável, capaz de atos de solidariedade e de amor. Esse documento diz que todo homem nasce livre e deve permanecer livre.
Mas essa mesma ONU que diz que o homem é livre e que deve ser protegido de tiranos assassinos, também compreende que este mesmo homem é uma parcela efêmera nos cosmos. Que esse mesmo homem não está destinado a um além. Que esse homem é um produto de uma evolução; que é feito para morrer. Que esse homem não é mais uma pessoa, mas um indivíduo mais ou menos útil e em busca de prazer. Que o homem não é capaz de reconhecer a verdade e, por isso, concede suas condutas. Que esse homem vive, negocia, decide e se orienta na vida de acordo com uma aritmética de interesses e de prazeres. Que o homem, nada mais é que um triunfo de consenso sempre negociável  e, portanto, perpetuamente em adiamento.
Sendo assim, os valores do homem são as expressões dos mais fortes. Mas esses valores em si, não passam de reflexos de preferências, das frequências das escolhas. Então, são apresentados os novos "direitos do homem" com uma cara mais holística: tudo está em tudo. O homem agora tem de aceitar uma realidade que o transcende. Deve aceitar uma política tecnocrática supranacional provinda da ONU, que dita aos Estados-membro o que estes devem fazer; e aos indivíduos como devem pensar.
Nesse contexto alucinante, cada tema se apresenta como o novo modelo de realidade para a população, como por exemplo:
  1. Quando se falar em pobreza, se relacionará com o excesso de gente no planeta.
  2. Disso, à necessidade de proteger a Terra com políticas de e para o meio ambiente.
  3. Disso, ao desenvolvimento sustentável.
  4. Disso, à segurança alimentar.
  5. Disso, à saúde pública com campanhas de vacinações e tratamentos de toda ordem.
  6. Disso, à nova forma de eugenismo.
  7. Disso, às novas realidades sociais como o feminismo radical.
  8. Disso, ao novo "gênero".
  9. Disso, à nova composição e entendimento do que seja família. 
  10. Disso, à saúde reprodutiva.
  11. Disso, ao aborto.
  12. Disso, aos cuidados da saúde primária.
  13. Disso, à educação sexual.
  14. Disso, aos novos direitos humanos.
  15. Disso, ao reconhecimento em lei da homossexualidade e a proteção desta.
  16. Disso, ao desarme das mentes tradicionais.
  17. Disso, às denúncias das novas formas de intolerâncias.
  18. Disso, às novas leis.
  19. Disso, ao reforço do papel da ONU em nível local por meio de agências como ONGs que atuarão, em acordâncias com os Estados Nacionais, nos temas citados acima.
Isso no meio acadêmico é conhecido como engenharia social.
E como você pode perceber tudo isso? É fácil, é só prestar atenção nas políticas locais que tratam sobre esses temas: as sacolinhas dos supermercados, o programa Fantástico tratando dos problemas que muita gente traz para o planeta,  a imposição para que a sociedade aceite como normal o casamento entre pessoas de mesmo sexo, a nova moldagem do que seja família, a aceitação da pedofilia, a eutanásia, etc.
A questão primordial é: para onde estamos caminhando? Tudo isso me parece um novo totalitarismo.
Na história recente já conhecemos três formas de totalitarismo: o comunismo, o fascismo e o nazismo.
O problema do totalitarismo é que este se instala no seio da sociedade de forma bem sutil, quase imperceptível. O problema do totalitarismo é que este anestesia o eu, subjuga o corpo, aprisiona a mente, coloniza o espírito e inocula o charme da escravidão consentida. A ideologia totalitária é a droga que mata a capacidade de discernir o que é verdade e o que é mentira; o bem do mal.  
A história humana já teve vários agentes totalitários. Esta é a vez da ONU.


Meu nome é Antonio Ribeiro

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Reflexão

Fiquei alguns dias sem postar nada. Estava olhando para o mundo. Muitas coisas estão acontecendo e aqui na minha pequenez fiquei pensando no que poderia fazer para tentar melhorar o espaço que ocupo (cultural, social, econômico, político) e, buscando no meu baú, encontrei um texto que retrata mais ou menos o que tenho visto. Posto-o porque muito do que ali está é exatamente o que penso, acredito e luto. Pena que não lembre o nome do autor.

É imprescindível promovermos nas mentes humanas uma revolução radical. Crises, como a pobreza, por exemplo, são crises de consciência.
Esta é uma crise que já não podemos mais, de forma alguma, aceitar antigas normas, os antigos modelos. Não podemos mais acreditar, muito menos aceitar, tradições antigas.
Considerando o atual estado do mundo, com toda sua miséria, seus conflitos, sua brutalidade destrutiva, sua agressividade interminável e que o homem continua igual: ainda é bruto, egoísta, violento, agressivo, condicionado, competitivo, é míster uma mudança estrutural.
O homem construiu uma sociedade em acordância com as crises, não as financeiras, mas a do 'eu posso tudo e você não é nada'. Esta é uma crise que aprisiona a todos: uns na miséria do bolso e das letras; outros, na ignorância e no medo.
Para os que têm mais, é preciso lembrar que é impossível viver no medo, e também, mais difícil ainda, é viver em uma sociedade doente.
E o que é uma sociedade em dias atuais? Nada mais que uma composição de diferentes instituições: instituições estatais, políticas, educacionais, eclesiásticas. Também de instituições como as classes sociais, as familiares e de especializações de e para o trabalho. É óbvia a influência que essas instituições estruturadas têm na formação do nosso entendimento e perspetivas.

Então, se são as instituições que moldam nosso entendimento nesta e para esta vida, é necessário portanto olhar para elas, ver o que é bom e o que é mau. O que for bom precisa ser mantido e protegido; o que for mau, precisa ser expurgado.

Meu nome é Antonio Ribeiro

domingo, 13 de maio de 2012

Partidos Políticos II

Na última postagem, tratei também sobre partidos políticos. Lá, eu fiz um passeio utópico pela Filosofia Política imaginando como deveria ser o comportamento político dos partidos, e até sugeri um partido fictício: o PAR.
Porém, aquilo ainda é um sonho muito distante.
Nesta edição, tratarei novamente sobre o tema anterior, mas com enfoque diferente: focarei na Ciência Política, pois esta descreve a vida política como é, tanto nua como crua.
Antes, todavia, farei uma breve descrição de como se deu o aparecimento do Legislativo e qual sua função. Creio que seja importante abordar esse tema introdutório especialmente para aquele leitor, que como eu, não entende muito de política, mas que será chamado novamente às urnas, dentro de alguns meses, para eleger não para decidir, mas para eleger quem decidirá por nós. E como tenho a convicção que o assunto da política se tornou muito desagradável para a grande maioria, devido às muitas decepções por parte da população, nessa introdução tentarei explicar esse assunto de uma forma que seja compreensível e, quem sabe caro leitor (eleitor), lhe ajude a escolher melhor quem vai decidir por você daqui pra frente.
A primeira impressão quando falamos de política, o primeiro pensamento que vem à mente é de que  nossos políticos, além de desonestos, são incompetentes. Eu diria que alguns políticos são muito burros (no sentido intelectual da palavra) e os partidos estão perdidos em ideologias, não têm densidade e lhes falta enraizamento social. Claro que há exceções. Sei de profissionais competentes em suas áreas e que estão na política tentando fazer algo de relevante para o país, e de partidos que tentam defender uma ou outra bandeira. Pena que sejam poucos. Mas porque é assim?
Para responder a esta questão, primeiro temos que entender o sistema. É preciso entender  a natureza do sistema partidário e as consequências do sistema eleitoral sobre as configurações partidárias.
As ciências sociais, como a antropologia, sociologia, ciência política, podem ser divididas em dois grandes grupos teóricos: Estruturalismo e Teoria da Ação.
No grupo Estruturalista estão as correntes que dão ênfase aos fatores históricos, econômicos, sociais e culturais como os que determinam todo o processo social. Isto é, a forma como as pessoas vivem suas vidas.
Por outro lado, a Teoria da Ação enfatiza o papel do sujeito como o principal ator do processo social e político. Dentro desse grupo existem dois pensamentos que são a Teoria da Escolha Racional e o Neoinstitucionalismo.
O primeiro defende a ideia que o homem é egoísta e que age visando tirar vantagens econômicas para si, mesmo dizendo que vai trabalhar em prol do coletivo. O segundo assegura que o homem, mesmo sendo egoísta, e por ser egoísta, suas escolhas terão como base um comportamento estratégico para que o máximo de vantagens sejam obtidas apesar das imposições legais.
Sendo assim, o pensamento neoinstitucionalista está dividido em três etapas: Distributivista, Informacional e Partidária.
A linha Distributivista é caracterizada pelo comportamento do parlamentar que é motivado por um único objetivo que é a sua reeleição tantas vezes forem possíveis. É por isso que busca aprovar projetos de lei que destinem dinheiro público para as suas bases eleitoral.
A linha Informacional tem como característica também a busca por dinheiro público, mas com a apresentação de um projeto de lei que tenha uma análise mais detalhada. É dizer, o parlamentar uma vez eleito, busca se especializar em um determinado tema (educação, segurança, saúde, trabalho, etc.) para poder ter o apoio de outros parlamentares e que, consequentemente aprovarão um projeto de lei de sua autoria, que por suas vez canalizará dinheiro para sua base eleitoral e mostrará ao seu eleitor que está trabalhando. Aqui também o objetivo é a reeleição por tempo indeterminado.
A linha Partidária nos diz que é o partido o principal responsável pelo comportamento do parlamentar. Ou seja, o cumprimento pelo parlamentar das metas do partido é a sua principal garantia de apoio junto ao partido e sua reeleição, uma vez que o partido precisa conservar uma imagem positiva frente aos eleitores, cuja imagem se transformará em votos e esses votos fortalecerão o partido frente a outros partidos e frente aos governos e que, consequentemente,  tudo isso se transformará em secretarias (municipais e estaduais)  em ministérios, autarquias, instituições, etc.. Ou seja, parlamentar forte e obediente é igual a partido forte e influente.

Então meu prezado eleitor, digo, leitor, essa pequena e singela explicação da arena do jogo do poder ficou clara? Se não, façamos assim: faça uma pesquisa e um pequeno exercício de imaginação:
1- A quem pertence o mandato: ao eleito, ao partido ou ao povo?
2- Quantos parlamentares especializados em educação (até mesmo com títulos de mestres e/ou doutores) estão nas comissões parlamentares de educação? Ou quantos médicos, na de saúde; ou quantos Juízes, advogados, delegados, policiais e militares, na de segurança? Etc, etc, etc.
3- Não seria bom haver um limite  de reeleição para vereador, deputado e senador? A final de contas a política é uma prestação de serviços do cidadão à comunidade ou uma profissão?
4- Não seria bom poder não mais nos envergonhar de muitos dos nossos vereadores, deputados e senadores? Já pensou se existisse uma lei que exigisse certas qualificações para alguém assumir um cargo além de só ter que demonstrar que não é analfabeto? Quer fazer um teste: pergunte ao seu parlamentar quem descobriu o Brasil? Foram os Chineses, os Vikings ou os portugueses?

Não vou mais me prolongar, mas mesmo que não gostemos acho que precisamos falar mais sobre política (e voltarei a tratar desse tema em futuras postagens). Enquanto isso busque mais informações e as compartilhe com seus familiares e amigos, pois é o futuro do Brasil que está em nossas mãos. Só depende de nós mesmos. Ah, ia me esquecendo, nossos políticos são nossos reflexos no espelho. Precisamos saber escolher melhor. Precisamos entender de política mais do que nossos políticos para que a imagem que vemos refletida seja bonita e agradável.

Meu nome é Antonio Ribeiro

p.s.  Fonte: Figueiredo e Limongi (1999) - Executivo e Legislativo na nova ordem constitucional.




sexta-feira, 11 de maio de 2012

Partidos Políticos

 
Você sabe o que é e para o que serve essa babel de letras que são os partidos políticos? Você já pensou sobre isso? São Pês que não acabam. PMDB, PSDB, PT, PDT, PSOL, PPS, PV, PTB, etc. Estou tão familiarizado com os Pês que estou pensando em eu mesmo criar meu próprio Pê. A lei brasileira possibilita ao cidadão criar um partido político, por isso o meu partido seria o PAR: Partido do Antonio Ribeiro. É só ter a personalidade jurídica, o número de assinaturas necessárias, o apoio de 0,5% dos votos válidos da última eleição para deputados, o registro do Tribunal Superior Eleitoral, mais outros detalhes, e voilá, o PAR está criado.
Mas tem um detalhe: esse novo partido iria ter um diferencial: iria ser integrado somente por gente séria. Nesse partido, corruptos, vendidos, falsos, inescrupulosos, gananciosos, ladrões, assassinos,  não entrariam. Esse partido não daria tapinhas na costa do diabo para ganhar eleições e nem faria alianças com outros partidos que não fossem honrados. Esse partido não usaria as pessoas menos esclarecidas para levar a ideologia de Karl Marx adiante. Mas também não deixaria que o selvagerismo do capitalismo prevalecesse. Neste partido, o ser humano, sua família, a honra, a ética e a justiça estariam em primeiro lugar. Nesse partido o cidadão teria vez e voz. Veja, seria o cidadão que teria a vez e a voz, e não o primodovizinhodocunhadodoamigo. Caso esse partido ganhasse cadeiras no legislativo e/ou executivo municipal, estadual e federal, as funções e cargos seriam preenchidos por gente que estivesse preparada para tais cargos e funções. Não haveria apadrinhamentos.
Nesse partido, os filiados não seriam chamados de companheiro ou de companheira (pois é sabido que alguns são considerados mais companheiros que outros). Estar em companhia de alguém não significa exatamente que essa companhia seja boa. Nesse partido seus filiados seriam chamados de parceiros, pois quando há uma parceria existe o compromisso para com as partes. Há a busca pelo bem comum. Um parceiro é alguém como um irmão. Meu parceiro é igual a meu irmão. Irmão de fé. Amigo de fé. Alguém que se pode confiar.
E quem seria convidado para filiação? Primeiro eu iria buscar me cercar de gente patriota, gente que amasse o país, gente de capacidade intelectual, gente sincera e honesta. Se, qualquer cidadão, inclusive o primodovizinhodocunhadodoamigo reunisse essas características, seria aceito. Mas, primordialmente o filiado deveria reunir as três qualidades há muito defendidas pelo pensador alemão Max Weber: Paixão, para ter dedicação apaixonada por uma causa, diante da qual deveria assumir inteira responsabilidade; Senso de Responsabilidade, para ser o guia determinante de suas ações; Capacidade de Previsão, para ser capaz de prever os fatos.
E o que nortearia a política do PAR? A lei. A lei nortearia o destino do partido, pois como dizia Aristóteles: "É melhor ser governado pelas melhores leis do que pelos melhores homens, pois diferentemente dos homens as leis não têm as paixões que se encontram nas almas humanas."
No PAR, não se usaria a linguagem que mascara oportunamente o pensamento. Aquele tipo de linguagem que é compreensível somente por aqueles que pertencem ao círculo dos companheiros. Ou aquele tipo de linguagem comum para dizer o oposto daquilo que se realmente pensa, ou para dar a informação errada ou justificativas distorcidas. Ou seja, no PAR não se legitimaria a mentira para se remontar a uma "nobre" falsidade.
No PAR, não se trataria a política como um mero jogo eleitoral sem compromisso com o aperfeiçoamento da democracia. No PAR, se buscaria a irmandade da nação, se estimularia a harmonia social por meio da prosperidade (e sua justa distribuição) alcançada pelo capitalismo sadio. No PAR, o ser humano não seria tratado como bicho, não seria usado como inseto social e nem como causa para uma nova modelagem social.
Bacana esse partido, não? Mas creio que mudaria seu nome: ao invés de Partido do Antonio Ribeiro, e para que todos os filiados se sentissem confortáveis, eu proporia o nome para Partido dos Amigos Reais. A palavra real aqui tem dois sentidos: verdadeiro e rei. Cada um e todo ser humano seria tratado como um verdadeiro rei.
Portanto, se você compartilha desses escritos, seja bem-vindo ao PAR.

Meu nome é Antonio Ribeiro






quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sobre o Mal

Você já parou para pensar sobre o mal?
Normalmente quando se pensa sobre o mal, pensa-se nele como substantivo: o mau. Ou seja, substancial. Se um mal tem substância significa dizer que foi criado. Normalmente este está associado a um ser criado por Deus: Lúcifer, o anjo da luz. O mais belo criado pelo Senhor. A luz da manhã. Mas, se o Senhor Deus é perfeito como pode ter criado o mal? Isso é contraditório, pois na lógica o mal não deveria existir.
Bem, Deus cria seres existentes em substância. Deus não cria entes metafisicamente maus. Então como explicar a transformação de Lúcifer em diabo? Bom, Lúcifer que no mundo angelical é extremamente inteligente é mau moralmente e usou esse saber como tentativa de desarticular o bem. Você vai achar estranho o que vou dizer agora, mas Lúcifer, enquanto ser metafísico criado por Deus é bom, gostaria de não ser, mas é. Esta é a razão do inferno substancial de Lúcifer. Ele odeia Deus, pois este é bom e existir é um bem. Ou seja, Lúcifer existir é um bem, portanto, bom. Logo o mal absoluto não existe, pois existir é um bem. Um ente mau, portanto, é mau moralmente. Logo, Lúcifer é bom, mas o diabo é mau.
E as pessoas? Também são más moralmente. Elas têm o benefício do existir, mas se tornam más moralmente.
Passando um pouco pela história do homem no século XX, temos exemplos muitos. E, talvez o mais influente, por ter tido seus escritos motivado tanta gente ao longo do tempo e chegado até os dias de hoje, tenha sido Karl Marx. Karl Marx, em explicação simples, foi um pensador alemão do século XIX que desenvolveu estudos na área da economia, filosofia, história, sociologia. Estudando sua obra com lupa, era maligno e a serviço do mal.
Li recentemente os escritos do pastor Richard Wumbrand (ERA KARL MARX UM SATANISTA?) e, confesso, é difícil não concordar com muito do que está ali. A questão também é que o pensamento de Marx foi responsável em moldar muitas mentes. Aqui no Brasil, por exemplo, está na base de movimentos socialistas, de trabalhadores e até de partidos políticos que se consideram continuadores dessa ideologia comunista. Também está na educação. E como se deu essa moldagem? Marx dizia que queria destronar Deus e o capitalismo. Os seus seguidores tentam passar a ideia que a luta é contra o capitalismo, mas não é bem assim, pois o que Marx buscava era destronar Deus. Destruir o capitalismo era o meio (e ainda é) de condicionar o pensamento humano de tal forma que não saia da existência física. E qual é o objetivo então? Ora, se para os marxistas a extensão da existência do homem é o próprio homem, não há espaço para Deus. Está aí a razão de muitos marxista/comunistas serem ateus
Concluindo, o homem tem o beneficio da existência da vida. E isso é bom. Mas também têm o malefício do mal moral. E isso é mau. O mal moral criou Nero, Herodes, Genghis Khan, Marx, Lênin, Stalin, Hitler, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Idi Amin, Edward Gein, etc. É por isso é que se diz que é uma luta do bem contra o mal. Uma luta interna do homem.

Meu nome é Antonio Ribeiro




segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Verdade

Comecei este blog na tentativa de buscar a verdade. Até o nome escolhido condiciona a este pensamento.
Mas, falando verdade, o que é a verdade? Posso dizer que a verdade é a minha. Isto é, o conjunto de valores que creio, sigo e respeito. Isso para mim é verdade. Mas, você que está lendo este texto pode não concordar e, claro, tudo o que eu escrevo aqui para você pode não ser verdade. Mas me responda então: o que é verdade? Vou tentar dar a resposta: a verdade é a minha já que todo ser é matafisicamente verdadeiro. Mas, talvez eu seja louco e negue a objetividade da verdade, mesmo assim eu estarei sendo verdadeiro e, portanto, expressando a verdade.
Claro que, além de me chamar de louco, você pode dizer que a verdade não existe. Mas se a verdade não existe, o que estou escrevendo é mentira. Lembro-me de um ocorrido quando um professor marxista-lenista-comunista estava em sala de aula e dizia que a verdade não existia. Um aluno o questiona dizendo que se a verdade não existia, o que o professor estava falando era mentira. O professor, que revoltado, retruca: isso é mentira. Eu estou falando a verdade. Moral: dizer que a verdade não existe é auto-destrutivo. Dizer que a verdade não existe, e que isso é a única verdade, ela existe na própria frase. Se ao contrário, a verdade existe. Ou seja, se é certo que a verdade existe, isso é certo. Se falso, ela existe.
Outro exemplo, Jesus diz: Eu sou a verdade. Você pode dizer: Jesus não existe. Isso é verdade para você e para Jesus. Ou seja, a verdade existe. Portanto, Jesus existe.
Mais um exemplo: Perguntado para um mulçumano quem era Jesus, ele responde: no sagrado Corão Jesus é um profeta de Allah. Bom, a questão é que Jesus disse que era Deus. Partindo da premissa que para o islamismo Jesus é apenas um profeta, então Jesus é um mentiroso. Bom, se Jesus é um mentiroso, como o sagrado Corão aceita um profeta de Allah que mente?
Mas, você pode dizer: tudo isso é bobagem e a verdade é minha opinião. Por exemplo, em uma aula de história se um professor lhe perguntar quem descobriu o Brasil? Sua resposta: quem descobriu o Brasil foi meu tio. Ele saiu do porto da Sibéria, atravessou o deserto do Saara, subiu no monte Everest e lá em cima declamou: "diga ao povo que fico". Depois atravessou o oceano atlântico e lá do Alasca, disse: "Terra à vista!" e descobriu o Brasil no dia 52 de maio, do ano de 4672. Loucura tudo isso? Não. É sua opinião. É a sua verdade. Neste contexto, sua resposta é verdadeira, pois toda resposta é verdadeira. A questão aqui é: se não há verdade, toda verdade é verdadeira. Ou seja, tudo é verdadeiro e tudo é falso.
São nestas contradições que se encontra o mundo. Se nega a verdade. Por exemplo, peguemos nossos políticos marxistas. Para eles a verdade não existe (começaram em contradição). Seguem a bíblia da insanidade dos ensinos de Karl Marx. Marx mente quando diz que a verdade não existe. A verdade é o que você quiser. Igual ao do meu tio.
Este blog defende a verdade.

Meu nome é Antonio Ribeiro

sábado, 5 de maio de 2012

Como idiotizar um povo (Versão Soft)

Você que está lendo este texto, me responda uma pergunta: você é idiota? Sem ofensas, claro!
Ok, vou mudar a pergunta: você acredita que viva em uma sociedade idiotizada? Eu, sim! Embora não me considere um tonto. E porque digo isso? Ora, é fácil. É só olhar ao redor. Eis alguns exemplos:
  • 1- Muitos vivem em um ambiente permanente de distração. Veja a programação da televisão aberta: novelas que promovem e moldam o comportamento social e que erotizam precocemente as crianças, programas de auditórios com dançarinas seminuas e de conteúdos vazios, muito assunto sobre futebol com especialistas sobre o assunto para os comentários, programas onde pessoas brigam e se desrespeitam ao vivo, programas para promoção de "estrelas", programas de fofocas sobre as vidas de artistas, programas de violência no horário do almoço, etc. A cada três ou quatro meses aparecem umas músicas que têm cunho unicamente comercial. São vazias, não dizem nada. Não têm poesia. Não tocam ao coração. Como viver, por exemplo, uma história de amor e ter aquela música como a música que marcou seu romance?  Algumas delas têm apelo erótico e tiram a feminilidade e a candura das mulheres chamado-as de cachorras e só servem para induzir as pessoas ao sexo. Há, entretanto, alguns programas de televisão que são mais esclarecedores, de cunho educacional, mas a questão é que passam sábado ou domingo de manhã bem cedo. A minha geração passou por isso, a geração do meu filho está passando por isso, a geração de meu neto passará por isso... O importante aqui é oportunidade a poucos.
  • 2- A grande maioria não tem acesso a um sistema de saúde digno. E porque? Vamos pensar: uma consulta com um médico normalmente não é barata para a realidade social do país, então milhões correm para o SUS. Lá, o atendimento médico se dá por agendamento que pode demorar meses e até anos e, se a população se revoltar, o serviço é piorado até um ponto onde as pessoas que necessitavam do atendimento (e remédios, e internações, e cirurgias...) acabam morrendo. A moral é a seguinte: para ter um povo sob controle é preciso controlar o sistema de saúde. Ou seja, decidir quem vive e quem morre.
  • 3- Controlar em cem por cento o sistema educacional. Porque isso é importante? Simples: pessoas esclarecidas desenvolvem pensamento analítico e crítico. Portanto, pedem mais. A educação estimula o pensamento livre, porém o que se dá hoje em sala de aula NÃO É educação. Eu sei disso porque sou professor. O que se repassa aos alunos é o que o Ministério da Educação decide. Este ministério envia sua política educacional aos estados, as Secretarias estaduais de educação enviam os livros didáticos que foram escolhidos (inclusive aqueles que ensinam as pessoas a escreverem de forma errada) para os Núcleos de educação nos municípios e estes repassam às escolas que seguem exatamente aquele conteúdo. O professor se tornou assim um repassador de conteúdo de cunho endoutrinário. Este assunto é muito amplo, complexo e importantíssimo, por isso vou desenvolver uma pasta para tratar em profundidade somente do tema educação.
  • 4-Cobrar altos impostos. O governo nos cobra muito imposto. Tanto para viver quanto para morrer. É uma montanha de dinheiro que é cobrada da população sem explicação clara de para onde vai e como será usado. Mas, uma pergunta: você já quis saber quanto custou cada luva descartável de um hospital público? Que empresa forneceu? Foi o melhor preço? E a comida que é fornecida nas cadeias? Você sabe se seu município está endividado? E em quanto? O município pode se endividar até um limite, se passar desse ponto, quebra. Talvez você viva em uma cidade que esteja tão endividada que não sobra dinheiro para mais nada. Então, uma pergunta: você conversa com o prefeito sobre isso. Esse papel, na verdade, cabe aos vereadores. Você já procurou (se ele se esconder, busque-o até encontrá-lo) o vereador a quem você confiou o seu voto? Lembre-se, você é o dono do dinheiro. O prefeito, o governador, o presidente só o estão administrando temporariamente para você. Em quatro anos (ou em oito) eles saem, mas e a dívida? É para quanto tempo? Quem vai pagá-la é você e seus filhos. Bem, você pode me dizer: mas eu não fiz nenhuma dívida. Fez, sim! No dia em que você votou em vereador, prefeito, deputado, governador, senador e presidente você conferiu carta branca para essa gente decidir seu futuro.
  • 5- É importante garantir a impunidade. Em um país de idiotas a justiça não é cega. Bandido calouro é colocado na mesma cela com bandidos diplomados na escola do crime, onde sua personalidade será transformada pela violência física e psicológica que sofrerá dentro do presídio e, uma vez de volta à sociedade, tentará se vingar da mesma. Isso vai gerar mais despesa com segurança pública e a população aceitará pacificamente e nem se questionará quanto custou cada viatura para as polícias (lembra da questão da dívida do item acima?). Além disso, é imprescindível deixar que a imprensa divulgue notícias de corrupção política para chegar a um ponto tal que a população já nem ligue mais.
  • 6- Em uma sociedade de idiotas, é preciso que haja um forte sistema de burocratização em todos os setores. Os serviços prestados ao público precisam ser lentos e de difícil acesso. O cidadão precisa ser mal atendido e se se revoltar será estampado em lugar bem visível uma ameaça contra ele com a utilização do artigo 331, do Código Penal: "Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa." Veja só, o mercado agradece ao cliente: "Muito obrigado por sua visita. Volte sempre". O governo, por ser incompetente, ameaça o seu mais valioso cliente: o cidadão.
  • 7- Promover o desemprego. Embora isso possa parecer um pouco contraditório, pois todos os candidatos a um cargo no poder executivo (prefeito, governador, presidente) falem em buscar formas de atenuar o desemprego por meio de incentivos fiscais para atrair empresas nacionais e multinacionais e tendo gente trabalhando os governos arrecadam mais, uma população desempregada e passando fome é um projeto de engenharia social: é preciso criar e manter uma orda de miseráveis (que depois se tornam pobres e logo depois, classe C) dependentes dos projetos ou das "bondades" governamentais como o auxílio Bolsa Família. É aquela coisa: se dá o peixe, não a técnica de como se pesca.
  • 8- Não investir em tecnologia. Isso é coisa para estrangeiros. Deixe que eles invistam e desenvolvam altas tecnologias em ipod, iphone, tablet, engenharia de petróleo, softwares de aviação, nanotecnologia, etc, etc, etc. Para o Brasil, resta apenas produzir produtos primários, uma grande fazenda onde poucos controlem a produção e distribuição de bens de consumo. Mas principalmente é preciso controlar o pensamento do povo.
Bem, se você que acaba de ler tudo isso que foi escrito e está, como eu, se sentindo um homoidiotous, lhe aconselharia urgentemente buscar dar um upgrade em sua vida. Como? Busque outras fontes de conhecimento. Livros, por exemplo. Leia. Mas leia muito. Não faça como um ex-presidente da República que dizia que não lia porque lhe dava dor de cabeça. Comece por exemplo com os clássicos brasileiros: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Cecília Meireles, etc, etc, etc. Também leia livros de introdução à Filosofia. Depois algo sobre Economia, Geografia, Sociologia, História (e não esqueça, um segundo sequer, da língua portuguesa).  Leia também Leviatã (Thomas Hobbes) e O Contrato Social (Jean Jacques Rousseau). Mas, sobretudo leia, entenda, aprenda e saiba interpretar a Constituição Federal, a Lei Orgânica do seu município (é bom saber também a Constituição do estado em que você mora) As informações contidas ali lhe serão de grande utilidade para abrir seus olhos para a vida. Uma vez de posse dessas informações, repasse-as para seus familiares, amigos, colegas de escola e de trabalho, para seu vizinho e até mesmo para um estranho. Tudo isso ajudará a matar o homoidiotous que vive em nós.

Meu nome é Antonio Ribeiro


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eleições

Neste ano teremos (mais uma vez) eleições para a escolha de pessoas que se consideram aptas a representarem outras frente ao poder. Mas caro leitor, deixe-me lhe fazer uma pergunta: você sabe o que faz um político? Para que serve e o que faz um vereador, um deputado estadual, deputado federal ou um senador dentro do poder legislativo. E quais são as funções de um prefeito, de um governador ou do presidente da República? Melhor, você sabe o que é política. Eu também não sabia muito bem, e confesso, nem me interessava muito. Mas de tanto ver notícias de corrupção envolvendo políticos, comecei a me questionar: será que a política é realmente esse mar de lama cuja imagem foi repassada e está tão impregnada na mente das pessoas? Será que não há ninguém da política em toda a história republicana que possa andar pelas ruas de cabeça em pé e deixar um legado em que seus familiares em muitas gerações possam se orgulhar? Será?
Mas para se tratar de um assunto tão espinhoso e que afasta as pessoas "por ser coisa de bandidos", primeiro há que se abordar a política como ciência e como filosofia. Ciência Política e a Filosofia Política continuam sendo mistérios para alguns e indecifráveis para outros. Veja, ciência e filosofia não é a mesma coisa.
A Filosofia Política nasce na Grécia e tem em Sócrates seu grande precursor. Continua com grandes pensadores ao passar dos séculos e chega até você que está lendo estas linhas. A Filosofia Política pensa a vida como esta deveria ser. Já a Ciência Política estuda a vida tal qual esta se apresenta. Ambas estão interligadas, ambas forjam uma realidade para moldar uma realidade (voltarei a este assunto com mais profundidade em postagens posteriores).
Explicando: ambas conduzem a uma realidade democrática, onde o povo ganha vez e voz através de eleições periódicas que se materializam nas urnas por meio do voto. O povo só tem acesso à democracia representativa, portanto, unicamente por meio de eleições procedimentais. Isso porque vivemos em um país democrático, isto é, um governo do povo e para o povo.
Entretanto, nem sempre no Brasil, o povo teve acesso ao voto. Após a proclamação da República, em 1889, o voto era proibido para mulheres, menores de 21 anos, analfabetos, mendigos, soldados rasos, índios e integrantes do clero. Em 1932 a mulher conquistou o direito ao voto. Hoje em dia o voto é obrigatório para todos, com exceção para jovens de idades entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos,  analfabetos e todos aqueles que perderam seus direitos políticos
No tipo de democracia procedimental, cada cidadão é quem decide quem será sua voz, e voltando ao começo do texto, como um político pode lhe representar se ele nem lhe conhece? Bom, a função do político é a de defender o interesse coletivo. Por exemplo: um vereador, que é a voz do povo em um município, é eleito para um mandato de quatro anos com possibilidades de reeleições infindáveis, tem por  dever, entre outros, elaborar leis que melhorem a vida das pessoas, receber o povo, fiscalizar os gastos do município e ser um intermediário entre o povo e o prefeito, etc. Isso se faz realidade também para deputados e senadores em seus diferentes níveis e competências. No poder executivo, é um pouco diferente já que mandatos de prefeitos, governadores e presidentes da República são limitados. Mas todos são eleitos pelo povo para exclusivamente trabalhar pelo povo. Vou repetir: todos que estão na política estão ali somente para trabalhar por você e para você. Os salários que o povo lhes paga (voltarei a comentar esse assunto também) é para isso.
O mais importante para você entender todo esse processo, é conhecer a Lei orgânica do seu município, a Constituição estadual e a Constituição Federal, pois essas leis definem o papel que cada um deve desempenhar. Política é coisa muito séria para deixar em mãos de gente que não é séria. Por isso, conheça essas leis, debata-as com seus familiares, amigos, colegas de escola ou de trabalho, com seu vizinho, enfim saiba o que uma pessoa que pretende lhe representar e ser sua voz precisa conhecer. Deixe essa pessoa saber que você tem essas informações e que vai cobrar dela, pois você é o patrão de todo e qualquer político. E se você conhece alguém que infelizmente ainda não sabe ler, explique tudo o que acabou de ler aqui para essa pessoa. Só assim você poderá mudar sua realidade, a realidade dessa pessoa e, quem sabe, a realidade do país, pois realidade e verdade são construídas por cada um de nós.

Meu nome é Antonio Ribeiro