quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eleições

Neste ano teremos (mais uma vez) eleições para a escolha de pessoas que se consideram aptas a representarem outras frente ao poder. Mas caro leitor, deixe-me lhe fazer uma pergunta: você sabe o que faz um político? Para que serve e o que faz um vereador, um deputado estadual, deputado federal ou um senador dentro do poder legislativo. E quais são as funções de um prefeito, de um governador ou do presidente da República? Melhor, você sabe o que é política. Eu também não sabia muito bem, e confesso, nem me interessava muito. Mas de tanto ver notícias de corrupção envolvendo políticos, comecei a me questionar: será que a política é realmente esse mar de lama cuja imagem foi repassada e está tão impregnada na mente das pessoas? Será que não há ninguém da política em toda a história republicana que possa andar pelas ruas de cabeça em pé e deixar um legado em que seus familiares em muitas gerações possam se orgulhar? Será?
Mas para se tratar de um assunto tão espinhoso e que afasta as pessoas "por ser coisa de bandidos", primeiro há que se abordar a política como ciência e como filosofia. Ciência Política e a Filosofia Política continuam sendo mistérios para alguns e indecifráveis para outros. Veja, ciência e filosofia não é a mesma coisa.
A Filosofia Política nasce na Grécia e tem em Sócrates seu grande precursor. Continua com grandes pensadores ao passar dos séculos e chega até você que está lendo estas linhas. A Filosofia Política pensa a vida como esta deveria ser. Já a Ciência Política estuda a vida tal qual esta se apresenta. Ambas estão interligadas, ambas forjam uma realidade para moldar uma realidade (voltarei a este assunto com mais profundidade em postagens posteriores).
Explicando: ambas conduzem a uma realidade democrática, onde o povo ganha vez e voz através de eleições periódicas que se materializam nas urnas por meio do voto. O povo só tem acesso à democracia representativa, portanto, unicamente por meio de eleições procedimentais. Isso porque vivemos em um país democrático, isto é, um governo do povo e para o povo.
Entretanto, nem sempre no Brasil, o povo teve acesso ao voto. Após a proclamação da República, em 1889, o voto era proibido para mulheres, menores de 21 anos, analfabetos, mendigos, soldados rasos, índios e integrantes do clero. Em 1932 a mulher conquistou o direito ao voto. Hoje em dia o voto é obrigatório para todos, com exceção para jovens de idades entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos,  analfabetos e todos aqueles que perderam seus direitos políticos
No tipo de democracia procedimental, cada cidadão é quem decide quem será sua voz, e voltando ao começo do texto, como um político pode lhe representar se ele nem lhe conhece? Bom, a função do político é a de defender o interesse coletivo. Por exemplo: um vereador, que é a voz do povo em um município, é eleito para um mandato de quatro anos com possibilidades de reeleições infindáveis, tem por  dever, entre outros, elaborar leis que melhorem a vida das pessoas, receber o povo, fiscalizar os gastos do município e ser um intermediário entre o povo e o prefeito, etc. Isso se faz realidade também para deputados e senadores em seus diferentes níveis e competências. No poder executivo, é um pouco diferente já que mandatos de prefeitos, governadores e presidentes da República são limitados. Mas todos são eleitos pelo povo para exclusivamente trabalhar pelo povo. Vou repetir: todos que estão na política estão ali somente para trabalhar por você e para você. Os salários que o povo lhes paga (voltarei a comentar esse assunto também) é para isso.
O mais importante para você entender todo esse processo, é conhecer a Lei orgânica do seu município, a Constituição estadual e a Constituição Federal, pois essas leis definem o papel que cada um deve desempenhar. Política é coisa muito séria para deixar em mãos de gente que não é séria. Por isso, conheça essas leis, debata-as com seus familiares, amigos, colegas de escola ou de trabalho, com seu vizinho, enfim saiba o que uma pessoa que pretende lhe representar e ser sua voz precisa conhecer. Deixe essa pessoa saber que você tem essas informações e que vai cobrar dela, pois você é o patrão de todo e qualquer político. E se você conhece alguém que infelizmente ainda não sabe ler, explique tudo o que acabou de ler aqui para essa pessoa. Só assim você poderá mudar sua realidade, a realidade dessa pessoa e, quem sabe, a realidade do país, pois realidade e verdade são construídas por cada um de nós.

Meu nome é Antonio Ribeiro

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